Corintiano fanático e assumidamente pé-frio, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi homenageado nesta terça-feira, em cerimônia do Clube dos 13, no Parque São Jorge, Zona Leste de São Paulo. Ele recebeu os títulos de chanceler honorário do futebol brasileiro e torcedor símbolo do Timão. O clube da capital paulista completa 100 anos nesta quarta.
Durante a cerimônia, Lula ganhou vários presentes das mãos do presidente alvinegro, Andrés Sanches, como uma carteira de conselheiro vitalício, um baú banhado a ouro com todos os distintivos do clube, uma camisa oficial, além do passaporte, certidão de nascimento e faixa presidencial da República Popular do Corinthians.
- É com muita alegria e satisfação que eu recebo esse título de chanceler do futebol. Se o Palmeiras quiser me dar um titulo, eu também aceito (risos) - brincou.
Lula ainda parabenizou o Corinthians pelo centenário e revelou detalhes sobre sua rotina para acompanhar as partidas do Timão pela televisão. Apesar de todo o amor que carrega pelo clube, o presidente encontra barreiras dentro da própria casa por conta da fama de pé frio.
- Faz 56 anos que torço para o Corinthians. Sofro mais do que nunca. A Marisa me tira da sala porque eu sou pé-frio. Às vezes, saio da sala e o Corinthians faz um gol. Às vezes, saio antes para pegar um avião com o Corinthians perdendo e ela fala para eu ir embora. Depois, ela liga falando que empatou. Eu fico com um pé dentro e outro fora para ver se dou menos prejuízo ao meu time. Saio daqui mais corintiano com o meu passaporte. Minha mulher também tem e meus filhos terão. Não quero ninguém vivendo na clandestinidade na nação corintiana - completou.
Encontro de desafetos
Curiosamente, a mesa de ilustres foi composta por dirigentes que entraram em conflito declarado nos últimos anos: Andrés Sanches e Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo. A rivalidade começou em 2008, quando o Tricolor não aceitou aumentar a carga de ingressos para o Timão antes de um clássico. Como resposta, o Alvinegro prometeu não mais mandar seus jogos no Morumbi.
Recentemente, a disputa se arrastou para a Copa do Mundo de 2014. Apesar de toda a confiança de Juvêncio, o São Paulo teve o projeto de reforma do Morumbi rejeitado pela Fifa, abrindo espaço para que Sanches conseguisse apoio para a construção do estádio corintiano, provável palco da abertura do Mundial.
Juvenal Juvêncio, aliás, evitou a imprensa durante toda a noite. O dirigente não passou pela entrada principal do salão nobre do clube e, por meio de assessores, disse que não concederia entrevistas.
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