Em 20 anos de carreira, Ronaldo deixou de ser um garoto comum do subúrbio do Rio de Janeiro para se transformar no Fenômeno. Gols, fama, fortuna, polêmicas e lesões. Por onde passou, o craque que transformou a camisa 9 em um símbolo também teve seus dias de um simples mortal. Nos últimos meses de uma das mais brilhantes carreiras que o futebol já viu, o centroavante luta contra a balança para ainda poder voltar aos gramados.
Do São Cristovão para o sucesso, Ronaldo não precisou de muito tempo. Com um talento acima da média, foi levado ao Cruzeiro, onde não demorou a explodir. Com apenas 16 anos, estreou entre os profissionais. Depois, se firmou como titular, acumulou gols, arrasou defesas e, claro, chamou a atenção do milionário futebol europeu.
Dois anos mais velho, seguiu brilhando no PSV-HOL, passos igualmente dados por ninguém menos que Romário. Lá, no entanto, teve início o eterno duelo contra os problemas físicos. Em 1995, Ronaldo realizou a primeira cirurgia, uma raspagem no joelho direito. Quatro meses de recuperação, mas nada tão grave quanto o que aconteceria mais tarde.
Da Holanda, Ronaldo rumou para Barcelona, onde se transformou em ídolo mundial. Na Espanha também viu seu corpo se transformar. O garoto franzino passou a ser uma montanha de músculos com uma velocidade impressionante para transpor as mais difíceis defesas da Europa.
Em 1999, já no Inter de Milão-ITA, Ronaldo sofreu a primeira lesão grave no joelho direito, rompendo parcialmente o tendão patelar. Após cinco meses de trabalho intensivo, retornou aos gramados, mas, logo no primeiro jogo, sofreu uma ruptura total do mesmo local, chocando todo o planeta. Foram 11 meses até que pudesse regressar ao futebol.
A partir disso, Ronaldo sofreu uma nova transformação em seu corpo. Os quilos começaram a aumentar devido ao longo tempo de inatividade. Em 2002, quando foi convocado para a Seleção Brasileira, o craque já sofria com críticas sobre sua forma. Mesmo assim, foi decisivo na campanha do pentacampeonato.
O problema persistiu no Real Madrid, novamente na Seleção que foi à Copa de 2006 e, mais tarde, no Milan. Na Itália, rompeu os ligamentos do tendão patelar do joelho esquerdo. A recuperação, lenta como da outra vez, fez o camisa 9 engordar ainda mais, virando motivo de piada pelo planeta.
A chegada ao Corinthians no fim de 2008 trouxe um novo alento, mas sem grandes resultados. Ronaldo nunca conseguiu atingir o ápice físico. Nos melhores momentos que teve, se destacou, principalmente nas conquistas dos títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil do ano passado.
Uma nova cirurgia, contudo, evidenciou novos problemas. O Fenômeno fraturou a mão esquerda no início do segundo semestre e voltou a engordar. No início de 2010, uma lesão muscular o tirou de combate por algumas rodadas, atrapalhando todo o planejamento elaborado pela comissão técnica de Mano Menezes.
O drama continuou depois da Libertadores. O jogador teve um problema na panturrilha direita e não conseguiu se recuperar. Desde 9 de maio não veste a camisa alvinegra e, novamente, trava uma batalha contra a balança para cumprir a meta de Adilson Batista de escalá-lo dia 29, contra o Vitória. É o que a Fiel mais deseja!
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