sábado, 3 de julho de 2010

Rosenberg: ‘Não sou contra Guarulhos’!!!

Até 15 de julho, Ronaldo, Elias, Mano Menezes & Cia. não serão os principais personagens do mundo corintiano. O assunto estádio estará mais vivo do que nunca no noticiário do clube. Será nessa data que acontecerá a próxima reunião do Conselho Deliberativo, que promete ser decisiva na escolha do projeto da tão sonhada casa própria dos corintianos.

De um lado, conselheiros e associados que apoiam a construção na cidade de Guarulhos, por meio de um projeto encabeçado pelos bancos Banif e Bradesco, da construtora Hochtief, além das empresas E.I.T, JEAF e T&A. Projeto esse já apresentado ao CD nas duas últimas reuniões.

Do outro, Luís Paulo Rosenberg. O diretor de marketing prefere a construção com recursos próprios, com ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ao LANCENET!, garantiu não ser contra o projeto de Guarulhos, mas mostrou restrições. Leia:

LANCENET!: Como analisa a chance da construção do estádio?
Luis Paulo Rosenberg: É um compromisso de campanha do Andrés, e empenho nunca faltou. O que ocorreu foi que a solução Pacaembu era tão melhor do que as outras que, enquanto não se esgotassem as chances, não se tentaria outro. Infelizmente, não foi possível viabilizar. Então, passamos a correr atrás de alternativas. O importante é manter a racionalidade, conseguir algo que dê orgulho à Fiel e, também, recursos financeiros ao clube por anos.

LANCENET! Conselheiros dizem que você veta o projeto de Guarulhos...
Luis Paulo Rosenberg: Não sou contra o projeto de Guarulhos, de forma nenhuma. Mas eu sempre diferenciei soluções próprias e soluções terceirizadas, que só torna-se melhor quando não se tem a solução própria. Assim, você transfere parte do lucro com a operação do estádio para o investidor. É preciso dar prioridade se for possível fazer algo para que o clube tenha 100% do lucro. O que estamos fazendo é tentar viabilizar isso. Se conseguir, essa será a solução. Senão, a opção de Guarulhos tem uma localização inteligente, um estádio bonito... Será vista com carinho.

LANCENET!: Qual o seu desejo de localização para o estádio do Timão?
Luis Paulo Rosenberg: Meu desejo é um fluxo de caixa mais alto possível, ter aquele projeto que trouxer mais recursos. O Corinthians não é um mero especulador imobiliário. O clube busca a casa dele, busca algo que maximize o retorno financeiro para, com isso, continuar comprando craques do padrão do Fenômeno.


LANCENET!: Você vai apresentar algo de concreto no próximo dia 15?
Luis Paulo Rosenberg: Vou buscar uma solução rentável, mas não tenho mais nada na cabeça. Não tenho preconceitos, nada que não seja fluxo de caixa. Queremos saber qual é o custo de cada construção e como deve ser feita a exploração do estádio. Digo não apenas em relação ao valor do ingresso, mas também aos camarotes, ao naming rights (direito sobre a propriedade do nome), além de outras atividades, como restaurantes, etc... Temos de depender de nós mesmos, não de patrocínio, TV, nome na camisa...

LANCENET!: Com ajuda do BNDES?
Luis Paulo Rosenberg: Nós buscamos o dinheiro do BNDES. Mas eles não financiam clubes diretamente. O que precisa é ter a intervenção de alguma instituição respeitada, que se disponha de alguma maneira a comprar uma propriedade ao Corinthians para ter o financiamento.

LANCENET!: Você vai confrontar com o projeto de Guarulhos no dia 15?
Luis Paulo Rosenberg: Eu preciso, primeiro, ter um projeto para, depois, confrontar. Os próprios investidores informaram que o custo seria de R$ 650 milhões. Ou seja, você vai ter de entregar uma propriedade desse valor, não tem mágica. Não pode pedir para alguém entregar um estádio e não reembolsar o mesmo valor, mais uma margem de lucro. Dá para fazer com recursos próprios? Dá! Se não tiver como fazer, aí não tem jeito. Você tem de ser ajudado por investidores, tem de submeter-se a isso, por isso que sai tão caro.

LANCENET!: O Corinthians precisa de uma arena multiuso ou não?
Luis Paulo Rosenberg: O Corinthians não, necessariamente, precisa de uma arena multiuso. Se tivermos uma arrecadação com o futebol de R$ 70 milhões por ano, se eu não for faraônico com o projeto, ele é financiável com os recursos do futebol. O nosso foco é o estádio, independentemente de ser multiuso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário