Em quase três anos no Corinthians, Chicão ganhou a confiança da torcida e se transformou em um dos homens de confiança de Mano Menezes. Se com o antigo treinador o jogador tinha lugar cativo entre os 11 titulares do Timão, com Adilson Batista não será diferente. Foi com o novo comandante alvinegro que o defensor teve a primeira chance na carreira e, mais tarde, ganhou um empurrão para se ganhar destaque no futebol brasileiro.
Adilson Batista começou a carreira de técnico em 2001 no Mogi Mirim, clube do interior paulista. Sem muitos recursos para contratar jogadores, optou por utilizar garotos das categorias de base na Série C do Campeonato Brasileiro. Entre os promovidos estava Chicão. Dos juniores para a zaga titular e, meses mais tarde, a conquista do acesso para a Segundona.
- O clube não tinha muitos jogadores. O Adilson estava chegando e decidiu subir alguns dos juniores. Ele sempre gostou de trabalhar bastante a parte tática. Eu já percebia que seria um grande treinador porque gostava de estudar muito – contou Chicão.
No último domingo, em sua despedida, Mano Menezes alertou para a pouca paciência de Adilson Batista. Para Chicão, o temperamento do treinador não é novidade. Um garoto recém-chegado da base ouvi muitas duras de um ex-defensor campeão da Libertadores pelo Grêmio e mundial pelo Corinthians.
- Ele sempre cobrou bastante, pedia atenção e para que nós saíssemos com a bola dominada. É o jeito dele. No começo, assusta um pouco, mas depois você acostuma (risos). Aprendi muito com ele – contou.
Do Mogi Mirim, Chicão começou a rodar pelo futebol brasileiro, passando por Portuguesa Santista-SP, América-SP e Juventude-RS. O reencontro com Adilson viria apenas em 2006. Ao saber que o defensor não renovaria seu contrato com o clube de Caxias do Sul, o treinador pediu para que ele fosse contratado pelo Figueirense .
Em Florianópolis, Chicão, enfim, embalou na carreira. Firme na zaga e artilheiro em cobranças de falta e gols de cabeça, o jogador virou ídolo da torcida depois da conquista do Campeonato Catarinense de 2006 com Adilson Batista no comando. No fim de 2007, fechou com o Corinthians para entrar para a história do clube como o segundo zagueiro que mais marcou gols (32), perdendo apenas para Pedro Grané, com 50, nas décadas de 20 e 30.
- Foi com o Adilson que as coisas começaram a dar mais certo para mim. Fui campeão catarinense logo depois. Devo muito a ele – completou.
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