De um lado, o melhor ataque do Campeonato Brasileiro. Do outro, a segunda melhor defesa - e no caminho para ser a mais efetiva. Corinthians e Palmeiras se enfrentam no domingo, às 16h, no Pacaembu, com diferentes propostas: o Timão, na estreia do técnico Tite, tenta retomar sua veia ofensiva que tanto deu benefícios neste campeonato. Já o Verdão, embalado, espera manter a ótima sequência no setor defensivo para encontrar o caminho da vitória.
Classificado para as quartas-de-final da Copa Sul-Americana, o time de Luiz Felipe Scolari tem metas no Brasileirão: com 44 pontos, está a dois do G-4, que dá vaga para a Libertadores. O desempenho se dá muito por conta da defesa que, nos últimos sete jogos pelo campeonato, sofreu apenas quatro gols. Com isso, o Verdão é o segundo time menos vazado no Brasileiro - 30 gols em 30 jogos. Só o Cruzeiro, com 28, tem defesa mais eficiente. O setor tem feito jus ao hino alviverde, que tem em um de seus versos o termo "defesa que ninguém passa".
- Não é só a defesa, não. Todo mundo volta para marcar, até o Kleber que joga mais avançado. É um trabalho em conjunto, toda a equipe vem fazendo bem a marcação e não dando espaços para o adversário, por isso sofremos menos gols - analisou o zagueiro Fabrício, um dos que joga regularmente no esquema de Felipão.
Com o técnico, foram 24 gols sofridos em 22 jogos. O curioso é que o time foi mais vazado dentro de casa: 13 gols entre Pacaembu e Arena Barueri, e 11 longe de sua torcida. Nesse período, o Palmeiras atuou 12 vezes fora de seus domínios e 10 em casa.
Entre os defensores, o principal é Danilo. O camisa 23 é homem de confiança do treinador e, desde a chegada de Felipão, exerceu papel fundamental na recuperação da zaga alviverde. Agora, o Verdão é a terceira equipe que mais desarma os adversários no campeonato: são 43,6 por jogo, sendo que 15,2 resultam em roubadas de bola.
O Timão, conhecido nos últimos três anos por sua defesa sólida, apresenta comportamento irregular. Em 30 jogos, a equipe sofreu 38 gols. O número não chega a ser um absurdo, mas preocupa em função dos últimos jogos. Nas últimas sete partidas, sofreu 14 gols - média alta de dois por jogo. As lesões de Chicão e más atuações dos reservas Leandro Castan e Thiago Heleno contribuíram para esse índice.
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