Montadora aplicará R$ 1,8 bilhão no país no ano que vem. Empresa quer renovar contrato de fornecimento de motores 1.8 com a GM.
Terminada a ampliação das fábricas de automóveis, motores, caminhões e máquinas no início de 2010, o presidente da Fiat do Brasil e América Latina, Cledorvino Belini, afirmou que a maior parte dos R$ 1,8 bilhão que restam do último ciclo de investimentos no país será aplicada no lançamento de 20 produtos. “Entre novos modelos, versões e reestilizações”, disse o executivo nesta terça-feira (1º).
O total investido desde 2008 é de R$ 5 bilhões e este ciclo termina justamente em 2010. Belini ressaltou que a Fiat estuda a nova onda de investimentos, mas não especificou o volume necessário para continuar a crescer no Brasil a partir de 2011.
Embora trabalhe com 100% da capacidade na fábrica de automóveis em Betim (MG), o executivo descarta a construção de uma nova fábrica no país, mesmo com a projeção de crescimento das vendas de automóveis e comerciais leves em 5% em 2010, para 3,15 milhões de unidades. “Que venha o mercado. A produção a gente dá um jeito”, ressaltou o presidente da montadora. Segundo ele, já foi pedido aos fornecedores que aumentem a produção para atender um mercado de 3,4 milhões de carros. “Assim evitamos problemas com horas extras e falta de fornecimento”, explicou.
A unidade de Betim fabrica 800 mil unidades por ano. Caso precise de mais fôlego, a planta de Córdoba, na Argentina, será ampliada. Para atender o fornecimento de motores, a montadora irá negociar a ampliação do contrato com a General Motors — o fornecimento de propulsores 1.8 terminaria no ano que vem. “Ainda não iniciamos essas negociações, de qualquer forma, é um volume baixo de motores, de 110 mil unidades por ano”, observou.
Sobre os resultados da Fiat do Brasil após ano recorde em vendas e mais um fechamento na liderança do mercado, o executivo afirma que a empresa encerrará 2009 com lucro, mas não especificou se será maior ao obtido em 2008. No ano passado, o lucro líquido foi de R$ 1,9 bilhão, valor 10,5% maior em relação ao conquistado em 2007.
Em relação à participação de mercado, Cledorvino Belini afirma que a meta é manter no nível de 25%, independentemente de ter a liderança. Como o desenvolvimento de produtos sempre foi o foco da Fiat para cativar clientes — somente neste ano foram 15 lançamentos —, o novo ciclo de investimentos da montadora não deverá ficar atrás dos anunciados pela Volkswagen (R$ 6,2 bilhões), General Motors (R$ 5 bilhões) e Ford (R$ 4 bilhões).
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