A Ferrari pode ter voltado a trazer o assunto do terceiro carro para as equipes grandes de volta à tona, mas tudo indica que os rivais não vêem a proposta com bons olhos. A principal preocupação é o reflexo que isso teria nas equipes menores, tendo em vista que a possibilidade de pontuar brigando contra três Ferrari, três McLaren e três Red Bull, por exemplo, seria mínima.
“Não acho que isso está fora de questão, mas não devemos criar uma situação que prejudique o ambiente esportivo e financeiro dos construtores pequenos porque se tornarmos a situação mais difícil, o que teremos conseguido? Um grupo menor de construtores e não acho isso positivo. Poderia ser uma solução se estivéssemos com poucos carros no grid, mas preferiria ver ter o maior número de construtores possível.”
O chefe da Ferrari, Stefano Domenicali, se resumiu a dizer que vê prós e contras na solução e acredita que é preciso colocar tudo na mesa. “Se for uma solução melhor para a F-1, deveríamos adotá-la.”
No que soou como uma provocação ao grande incentivador do terceiro carro, Luca Di Montezemolo, presidente da Ferrari, Frank Williams deu a entender que trata-se de uma ideia puramente comercial.
“Hoje temos um bom número de construtores, mas os homens que cuidam das equipes o fazem para um lucro e, se as vendas caem, os custos são cortados. Tudo o que posso dizer é que, enquanto tivermos dinheiro no banco, a Williams estará na F-1. Não estou certo do quanto alguns colegas podem controlar seus destinos o tanto quanto gostariam. Pode ser que haja alguém acima deles que tenha menos emoção a respeito da F-1.”
Martin Whitmarsh até é simpático à idéia de atrair nomes como Valentino Rossi ou Sebastien Loeb com o terceiro carro, mas pede responsabilidade.
“Acho que o DNA da F-1 requer uma variedade de equipes e os pequenos sabem o quão difícil é ter o orçamento para competir. Se, hoje, Ferrari, Red Bull, McLaren e Mercedes colocassem três carros no grid, seria ruim para o esporte. É correto discutir, mas acho que devemos nos concentrar em ter um modelo viável e sustentável para todos.”
Representando as nanicas, o chefe da Virgin, John Booth, concorda. “Pelo nosso ponto de vista é importante que todo inscrito seja um construtor”, apontou o britânico. “
“Hoje temos um bom número de construtores, mas os homens que cuidam das equipes o fazem para um lucro e, se as vendas caem, os custos são cortados. Tudo o que posso dizer é que, enquanto tivermos dinheiro no banco, a Williams estará na F-1. Não estou certo do quanto alguns colegas podem controlar seus destinos o tanto quanto gostariam. Pode ser que haja alguém acima deles que tenha menos emoção a respeito da F-1.”
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