Corintiano fanático, Paulo Roberto ganhou uma camisa do clube de coração das mãos de Paulo André e retribuiu com uma aula de beisebol. Vestiu uma luva no zagueiro do Corinthians e mostrou como arremessar a bola. "O Paulo André aprendeu. Ele está jogando a bolinha direitinho, na altura do peito", elogiou o visitante.
Paulo André se entusiasmou e pediu para o jogador de beisebol arremessar com efeito. "C... Assim, não dá para pegar", comentou o defensor do Corinthians, ao risos, após fazer um trabalho regenerativo no dia seguinte à derrota por 2 a 0 para o Botafogo. Ele ainda se impressionou com as grandes travas da chuteira de Paulo Roberto.
O jogador de beisebol está próximo de ser o primeiro brasileiro em um time da Major League Baseball (MLB), principal categoria norte-americana. "São seis divisões menores. A minha é a sexta, a última. Ou seja, estou só a um passo de chegar à MLB", contou, orgulhoso.
O interesse de Paulo Roberto Orlando pelo beisebol começou na infância, por influência dos patrões de sua mãe. "Ela trabalhava em uma clínica, que pertencia a um japonês. Todos os japoneses gostam muito de beisebol. Eles falaram para me levar para aprender o esporte", recordou.
A falta de incentivo ao beisebol no Brasil, no entanto, fez com que Paulo Roberto quisesse seguir carreira em outras modalidades. "A ideia era ser jogador de futebol, lógico", reconheceu o torcedor do Corinthians, que também chegou a disputar provas de atletismo. Foi oitavo colocado em um Mundial juvenil, nos 400 metros rasos.
Paulo Roberto continuou a jogar beisebol nos finais de semana, em Guarulhos. Até ser observado por um olheiro cubano, a serviço do Chicago White Sox. O bom desempenho permitiu que ele se transferisse para um time da República Dominicana. "Joguei três anos lá. Cheguei sem saber espanhol. Agora, nos Estados Unidos, ainda estou arranhando o inglês", comentou.
Perto de completar 26 anos, Paulo Roberto Orlando espera chamar a atenção da mídia para o seu esporte. "Todo mundo fala mais de futebol, mas muitos boleiros acompanham o beisebol, gostam de usar bonés como os nossos", argumentou, depois das lições a Paulo André.
Se ele puder unir o beisebol ao Corinthians, então, seria melhor ainda. O clube do Parque São Jorge já possui o Corinthians Steamrollers, equipe de outro esporte difundido nos Estados Unidos, o futebol americano. "Imagina só um time de beisebol corintiano. Que boa ideia! Pelo menos, para disputar os campeonatos internacionais", sugeriu.
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