domingo, 1 de janeiro de 2012

BMW M3 Frozen Black, o Batmóvel de verdade!!!

Eu sempre quis dirigir o Batmóvel. E não qualquer um, mas aquele do filme de 1989, preto fosco, que tem uma turbina de avião para auxiliar o motor, exibe frente comprida e alta que toma parte da visibilidade do motorista. Claro que o motorista, no caso, é o Batman, e ele não deve se preocupar muito com visibilidade (o cara usa uma máscara). Mas eu não exigiria estar fantasiado de morcego gigante para andar no Batmóvel. Só a avaliação já me faria feliz, mesmo sem todas aquelas traquitanas. Só o volante, o motor...

Ai, finalmente, eu alcancei meu objetivo profissional. Agora já posso começar a planejar a aposentadoria. Tive a oportunidade de avaliar o Batmóvel - que, caso você não saiba, é fabricado pela BMW. Eles ficaram preocupados que algum criminoso descobrisse que eu estava de posse de um carro de herói, então mandaram o modelo disfarçado de M3 Coupé Frozen Black, uma série limitada a 20 unidades (duas delas para o mercado brasileiro).

Fabio Aro
Parado, mas ameaçador. Exterior é todo preto fosco, inclusive as rodas de 19"

Mas é o Batmóvel, acreditem em mim. Todas as características estão lá. A começar pela pintura preta fosca. Além de ajudar a ocultar o veículo durante a noite, enquanto o motorista está à caça de bandidos, o tratamento mantém o carro com uma aparência (muito) agressiva mesmo quando estacionado. Esse não é qualquer Série 3, amigo. É um Série 3 com o qual você não quer mexer. As rodas de 19” também são pretas e têm desenho exclusivo de série limitada. Assim como a grade dianteira, assinatura da marca. Na verdade, se você olhar bem, não vai achar muita cor na carroceria. A não ser, é claro, pelo logotipo M com detalhe azul e vermelho, aplicado na traseira e nos detalhes cromados nas entradas de ar laterais.

Fabio Aro
Dianteira mistura Série 3 comum com linha esportiva M, destaque para a grade inferior e capô elevado pelo V8

Eu nunca vi o Batmóvel capotar nos filmes, e agora eu sei o porquê: o teto de fibra de carbono. Além de garantir mais leveza e complementar com perfeição as linhas escurecidas da versão, a peça abaixa o centro de gravidade do cupê, permitindo que as curvas sejam feitas com mais força sem perder o traçado.

A traseira tem um desenho que valoriza a aerodinâmica sem abrir mão da elegância. É nela que o luxo da marca alemã, evidenciado pelo recorte das lanternas e pela curvatura da tampa do porta-malas, disputa espaço com a agressividade da linha esportiva - basta olhar para a seção inferior, que sustenta uma grade emoldurada por vincos e recortes, sem falar na saída quádrupla para o sistema de exaustão.

Fabio Aro
Na traseira, quatro saídas de escape e um dos poucos detalhes coloridos: o logo da série M

Então, ao abrir a porta do M3 eu encontro... Mais preto. No painel, nos bancos, no volante, no teto, nos quebra-sol, nos tapetes. Trabalhado em diferentes texturas, o tom (ou a falta de tom) domina o interior com elegância e beleza, ganhando toques de agressividade com detalhes como a faixa de fibra-de-carbono que se estica pelo painel acompanhando as saídas de ar, ou o desenho do apoio para o pé esquerdo e o comprido e sinuoso pedal do acelerador. Mas nada supera as costuras aplicadas nos bancos, painel e revestimento das das portas, que revelam um pouco (mas só um pouco) de vermelho, passeando por todo o interior. Ah, e olha ali o "M" em azul e vermelho de novo. No volante, no câmbio, no painel de instrumentos.

Fabio Aro
Interior mantém tom preto, mas brinca com costura vermelha grossa nos bancos, painel, console e portas

Eu não estava vestido de Batman, mas agora entendo que mesmo com aquela roupa não há como ficar desconfortável no M3. O ajuste eletrônico dos bancos é muito preciso, com formato concha que sempre entrega uma posição esportiva para dirigir. Em especial pelo apoio para as coxas, que permite deixar a perna bem alinhada aos pedais sem cansar. O volante só amplia essa sensação, com uma textura de revestimento que permite uma pegada perfeita e ajuda a transmitir muito bem os efeitos de cada manobra feita com o cupê. Os indicadores são bem discretos e não saltam aos olhos, a não ser quando anoitece e se tornam a única coisa que brilha em meio à escuridão interior do M3.

Ao olhar para frente, a visão não fica restrita. Mesmo com a elevação do capô que indica a presença de um motor V8 4.0 (e uma turbina de jato, provavelmente). Mas, como a minha descrição (e as fotos do Fabio Aro que acompanham este texto) já mostraram, a vista do motorista é boa mesmo se ele não olhar pelo para-brisa.

Fabio Aro
Bancos são esportivos e confortáveis. Apoio de pernas e de ombros ajuda na posição para acelerar.

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