Dois históricos jogadores brasileiros começam 2011 em clima de despedida. Juntos, em 2002, eles foram foram fundamentais na campanha que tornou o Brasil o único país pentacampeão mundial de futebol. Nove anos depois, irão pendurar as chuteiras ao mesmo tempo. Dessa vez, porém, separados pela rivalidade: um é ídolo corintiano, outro é considerado santo pelos palmeirenses. Ronaldo, 34 anos, e Marcos, 37.
Antes de pendurar as chuteiras, porém, os dois, que são considerados peças chaves das duas equipes, terão 12 meses duros pela frente. Até 31 de dezembro de 2011, o Corinthians poderá disputar até 79 jogos (isso se o ano for perfeito, histórico, e o Timão chegar à final do Campeonato Mundial de Interclubes, em dezembro. Sem contar possíveis amistosos). Muito provavelmente, Ronaldo não estará em campo em todos os jogos. Desde que chegou ao clube, em 2009, disputou 65 jogos. Ainda assim, se tudo correr bem, ele está em campo nos principais confrontos.
No primeiro semestre, por exemplo, a tendência é que Ronaldo seja mais aproveitado na Taça Libertadores do que no Paulistão (isso se o Corinthians não cometer o pecado de ser eliminado na primeira fase). No entanto, a preferência pelo torneio continental não livrará o Fenômeno de longas andanças. A equipe do Parque São Jorge inicia sua caminhada rumo ao inédito título contra o Tolima, da Colômbia, no dia 26 de janeiro, no Pacaembu. O jogo de volta, dia 2 de fevereiro, será em Ibagué, capital do departamento colombiano de Tolima, a 179 km de Bogotá.
Já no segundo semestre tem o Brasileirão e suas longas 38 rodadas. Jogos pelo Brasil inteiro, horas e mais horas de concentrações, viagens, espera em aeroportos, hotéis. Para Ronaldo, que vem dizendo há tempos que não aguenta mais futebol, ficar livre dessa rotina será um alívio. São 17 anos (como profissional) de correria, glórias, cirurgias, muitas dores. Mesmo assim, ele garante que vai se doar em campo. Como se fosse um estreante.
- Quero dar meu máximo. Espero me divertir e terminar com conquistas importantes.
‘São’ Marcos (como a torcida o chama) também vai parar porque seu corpo exige. Nos últimos anos, ele vem sofrendo com várias contusões: punho, ombro, joelhos. Mas, como Ronaldo, antes de parar o goleiro palmeirense também terá uma longa maratona. Se chegar às finais de Paulistão, Copa do Brasil e Sul-Americana, além do Brasileirão, serão 83 jogos. Neste ano, Marcos jogou 36 vezes. O Verdão estreia na Copa do Brasil em Teresina, no Piauí, contra o Comercial local. Se passar, poderá enfrentar o desconhecido Santa Helena, do interior de Goiás, ou o Uberaba-MG. - É um pensamento que eu já tenho há algum tempo por causa de problemas, como dores no ombro e no joelho. Ultimamente chega muita bola no meu gol e não tenho mais como defender todas. Para não manchar a imagem de bom goleiro e não ficar ganhando dinheiro sem jogar futebol, prefiro parar para não ser julgado apenas pelos últimos anos de carreira.
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